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Bombas e gás de pimenta foram usados para dispersar mais de 20 mil pessoas na Esplanada que pediam a derrubada da PEC do Fim do Mundo e Fora Temer. Sintsep-Go participou da atividade em Brasília

Integrantes do Sintsep-GO, estudantes, professores, servidores, representantes de comunidades indígenas, trabalhadores de diversos setores de todo o Brasil que participavam do Ocupaço em Brasília pela derrubada da PEC 55/16, que pode congelar investimentos públicos por pelo menos 20 anos foram atacados com bombas e gás de pimenta pela polícia. Mais de 20 mil pessoas participavam do ato de forma pacífica quando foram atacadas no momento em que se concentravam no gramado central do Congresso Nacional. O ataque dispersou a multidão gerando pânico. Há relatos de feridos e presos em meio ao protesto que, segundo participantes transcorria tranquilo sem nenhuma necessidade de repressão. Os gritos de “Fora Temer” também se destacaram na atividade em defesa de direitos da classe trabalhadora e contra retrocessos em políticas públicas.

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Vídeos e imagens da manifestação já circulam por várias redes sociais mostrando o ato pacífico e o momento do ataque. Para a Condsef esta ação da polícia foi injustificada e o direito à manifestação legítima da população precisa ser preservado. A desocupação violenta do gramado do Congresso que ocorreu nesta terça é um reflexo do momento da conjuntura preocupante pela qual atravessa o País. Não se pode aceitar que atos legítimos e pacíficos sejam reprimidos dessa forma colocando o Brasil cada vez mais em um estado de exceção. Essa afronta aos direitos dos cidadãos não pode ser tolerada. Ataques aos direitos da classe trabalhadora serão combatidos com a unidade e mobilização cada vez mais fortes da categoria.

A resistência à PEC 55 que é inconstitucional e contra um governo golpista que promove ataques constantes a direitos sem o devido debate com a sociedade devem continuar intensas e permanentes. Além dessa PEC a classe trabalhadora ainda enfrenta ameaças de uma nova reforma da previdência e a imposição de uma flexibilização nas leis trabalhistas. Outra situação com potencial para ocasionar uma série de prejuízos à classe trabalhadora é a liberação da terceirização também para atividade-fim. O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou votação da matéria e ainda não há nova data para que o tema seja julgado. É preciso também atenção a essa agenda para que mais esse ataque a nossos direitos não aconteça. A terceirização fragiliza relações de trabalho e deixa o empregado à mercê de decisões que podem lhe prejudicar e afetar seus direitos.

Toda atenção é necessária nesse momento. Mais do que nunca, em cenários assim de graves ataques a direitos, todos os trabalhadores devem estar unidos e constantemente mobilizados. A agenda política imposta não tem deixado dúvida de que a ameaça aos direitos da classe trabalhadora está na ordem do dia. Mas também não resta dúvida de que a luta em defesa desses direitos precisa e vai acontecer. Devemos seguir reforçando nossa unidade e mobilização. Juntos somos fortes. Nenhum direito a menos. Nenhum passo atrás.

Com informações da Condsef