Manifestação será realizada no dia 22 de janeiro (sexta-feira) com concentração às 14 horas na Praça Universitária. Ato começará às 15 horas e seguirá até o Dergo, na Avenida Anhanguera, voltando para a Praça Cívica, onde ocorrerá o ato cultural de encerramento

Após notícias dramáticas da situação de colapso do sistema de saúde de Manaus (AM) e da sucessão de mensagens compartilhadas sobre o sofrimento de profissionais da saúde e da própria sociedade, diante do excesso de mortes evitáveis e do descaso do governo federal, mulheres goianas de várias profissões e entidades da sociedade civil organizada começaram a se movimentar nas redes sociais para reagir.

Assim foi idealizada a Carreata #ForaBolsonaro, que será realizada no dia 22 de janeiro (sexta-feira) com concentração às 14 horas na Praça Universitária. A manifestação começará às 15 horas e seguirá até o Dergo, na Avenida Anhanguera, voltando para a Praça Cívica, onde ocorrerá o ato cultural de encerramento. Todas as orientações de biossegurança serão respeitadas. A recomendação para o uso obrigatório de máscaras e álcool gel para higienização das mãos está sendo enfatizada.

“Nós não podemos mais aceitar o que Jair Bolsonaro e seu governo estão fazendo com o Brasil. Essa política de morte, esse despreparo, essa incompetência misturada com perversidade está colocando o país no epicentro de uma crise econômica e humanitária sem precedentes. Recentemente, todos os países produtores de vacinas nos viraram as costas devido ao posicionamento diplomático irracional, surreal, do governo brasileiro. O país está acéfalo e nós, trabalhadores brasileiros, é que estamos pagando o pato. Não dá mais! É fora Bolsonaro, urgentemente, em defesa da vida, da democracia, dos direitos e da soberania”, afirma o presidente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues.

Ampla adesão
Além do Sintsep-GO, diversas organizações populares, sindicais e de defesa dos direitos humanos estão aderindo como a AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras, ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Associação Mulheres na Comunicação, Associados e Associadas de Goiás da ABJD – Associação Brasileira dos Juristas Pela Democracia,  #Bloco Não é Não, Coletiva Agora é que são Elas, Coletivo Feminino, Coletivo de Mães da UFG, Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, Conexão Feminista, Congada 13 de maio,  Fundação vó Rita, Grupo Oxumaré, Juristas  Pela Democracia em Goiás, Motirõ Goiano, MST-GO – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, #PartidA-Goiânia, Primavera Feminista, Setorial de Mulheres do PSOL/Goiás, SINTFESP-GO/TO – Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado de Goiás e Tocantins, – Subverta Goiás e Terra Livre.

“O motor é a raiva, é a indignação de vermos o país sofrendo tanto, as pessoas mais necessitadas morrendo de forma mais dramática, sem assistência. Essa manifestação surge de um momento de muita angústia, então resolvemos fazer alguma coisa para multiplicar essa onda de manifestações que está surgindo em várias cidades”, diz Cida Alves, profissional da área da saúde e integrante do Bloco Não é Não.

Livia Assis, enfermeira, servidora efetiva da Secretaria Municipal de Saúde e integrante do coletivo de mulheres #PartidA, enfatiza que a manifestação é fruto do descaso do governo Bolsonaro em relação à pandemia da covid-19 e dos mais de 210 mil mortos. “Enquanto o presidente da República trata a situação com desdém, colocando a população brasileira em risco, nós nos levantamos pelas vidas brasileiras e reafirmamos a importância do SUS. O país precisa de um plano de vacinação eficaz, capaz de contemplar nossos mais de 200 milhões de habitantes. É um absurdo que o Brasil, um país com dimensões continentais e um programa nacional de imunização que é modelo para o mundo, esteja tão atrasado”, diz a ativista, convidando a população goianiense para participar.

Artecolagem: Aymê Sousa
Sintsep-GO com informações de Cláudia Nunes