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Essa foi uma das deliberações da Plenária, que reuniu 165 delegados sindicais, suplentes e convidados na Assembleia Legislativa de Goiás nesta sexta, 22

A última Plenária Sindical deste ano, promovida pelo Sintsep-GO na manhã desta sexta-feira, 22, reuniu 165 delegados, suplentes e convidados no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás. Na ocasião, o servidor aposentado, Sallim Costa Oliveira fez o lançamento de seu livro “Sangue, suor e lágrimas de um indigenista”, no qual relata sua vida, histórias e experiências no decorrer dos anos de trabalho prestado junto às diversas etnias no extinto Serviço de Proteção ao Índio.

“Nós adquirimos cinco obras do nosso companheiro Sallim para sortearmos aqui hoje, na Plenária, como forma de estímulo a ele e também para estimular nossos companheiros a lerem essa história, que deve ter muitas passagens interessantes e que fala de uma época que todos nós conhecemos bem, que foi a vida na zona rural, no interior, seja em contato com os índios, seja na luta contra a malária, a febre amarela e o barbeiro, da qual a maioria de nós participou”, expôs o presidente do sindicato, Ademar Rodrigues.

Entre as principais definições do encontro, o Sintsep-GO definiu que irá construir, em parceria com a CUT-GO, denúncias contra o governo brasileiro junto às cortes internacionais, por violação aos direitos de servidores públicos federais – em especial àqueles relacionados aos processos judiciais cuja tramitação se encontra lenta ou estacionada por ação direta ou indireta de algum agente do Executivo, do Legislativo ou do próprio Judiciário. “O exemplo mais claro que nós temos é o processo dos 84% da Funasa, referente ao qual o ministro Gilmar Mendes solicitou ‘vistas eternas’ e não permite que avance, porque já sabe que são grandes as chances do governo ser derrotado em favor dos trabalhadores. Isso é um absurdo”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás, Mauro Rubem.

Em sua análise de conjuntura, o presidente da CUT-GO afirmou que é fundamental que os trabalhadores percebam o que está acontecendo com o país e parabenizou o Sintsep-GO pelo nível de organização do sindicato. “Muitos têm direitos, no entanto, apenas uma entidade organizada e forte consegue fazer com que direitos sejam cumpridos. E, neste caso, o Sintsep-GO está de parabéns”, disse.

Jurídico
Welison Marques, diretor jurídico da entidade, relatou que de janeiro até hoje, o Sintsep-GO proporcionou a seus filiados, por meio de ações judiciais, um ganho total de R$ 10,4 milhões, com 1010 contemplados. “Isso, sem dúvida, é resultado de um trabalho muito forte que temos desenvolvido com transparência e responsabilidade”, pontuou Welison.

De acordo com o advogado Welton Mardem, da assessoria jurídica do Sintsep-GO, a previsão é de novas vitórias a caminho, como no caso do processo dos 3,17%. “Conseguimos romper uma fase fundamental, que é a realização dos cálculos. Os valores, homologados, ultrapassam R$ 16 milhões”, detalhou.

Preocupado com a conjuntura, desfavorável aos trabalhadores do setor público e privado, o advogado deu o recado aos servidores. “Segurem-se e apoiem-se uns nos outros! Os movimentos sociais nunca precisaram tanto de vocês e vocês nunca precisaram tanto deles. A correlação de forças está ruim. Nós estamos atravessando um período estranho e vamos precisar de muita força para vencer esse governo, para o qual não existem direitos”, ressaltou.

Outro informe prestado pela diretoria jurídica é o de que a ação judicial, movida pelo grupo dos Independentes – que visava anular a última eleição do Sintsep-GO e impugnar a atual chapa que dirige a entidade – chegou ao término, no Tribunal Superior do Trabalho. “Eles perderam em 1ª instância e agora perderam novamente, na 2ª instância. Continuaremos trabalhando com absoluta honestidade, ética e transparência em prol dos filiados e do interesse do servidor, como sempre fizemos”, relatou Welison.

“Dever de casa”
No âmbito da mobilização sindical, o presidente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues e o secretário-geral, Gilberto Jorge – que também é diretor da Condsef – conclaram os trabalhadores a participarem dos atos no mês de outubro e a encamparem o abaixo assinado, da CUT, que visa revogar a atual reforma trabalhista do governo Temer.

“Entre os dias 16 e 22 de outubro nós temos tarefa: em cada município fazer atividades contra a reforma da previdência. Em especial nos municípios dos deputados federais goianos que votaram contra nós, trabalhadores. E até 11 de novembro, devemos pegar todas as assinaturas possíveis para encaminharmos o projeto de lei de iniciativa popular, que visa revogar a atual reforma trabalhista”, informou Gilberto.

Ipasgo
Com relação ao convênio com o Ipasgo, Gilberto explicou que o sindicato aguarda a tramitação do convênio entre o Instituto e a Polícia Rodoviária Federal. “Esse é o modelo que nós pretendemos seguir. Para isso, é necessário que já esteja em vigor no Ipasgo. A partir do momento que estiver vigorando, vamos entrar com o nosso, seguindo mesmo modelo”.