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A discussão em torno da CPI da Petrobras extrapolou a disputa política eleitoreira e já envolve a sociedade civil organizada. Os movimentos sociais estão unidos em prol da Petrobras, a maior empresa pública do Brasil. A CUT, sindicatos gerais dos servidores públicos federais e outras entidades de luta dos trabalhadores participam de uma campanha em nível nacional em defesa da estatal.

As entidades defendem e vão continuar defendendo a ética, a transparência e o cuidado com o bem público, não compactuando com nenhum tipo de irregularidade. Se existe corrupção na Petrobras é preciso uma apuração rigorosa para que os envolvidos sejam punidos e a empresa continue sendo uma das maiores em nível mundial de reservas de óleo e gás, sobretudo depois da descoberta do Pré-sal. Ao contrário dos grupos ligados à elite econômica e que têm como máxima o neoliberalismo e as privatizações, o Sindsep e a CUT estão na luta em defesa dos trabalhadores e do monopólio estatal do petróleo. Essas entidades são contra a entrada do capital estrangeiro para a exploração do Pré-sal.

Por conta de tudo isso, a CUT e demais setores dos movimentos sociais realizam uma ocupação pacífica do Congresso Nacional, na próxima quarta-feira, 3 de junho, data prevista para a instalação da CPI da Petrobras. Será mais uma atividade da campanha Por uma nova lei do petróleo, pela retomada do monopólio estatal e em defesa da Petrobras pública e com compromisso social.

Em vários estados têm acontecido manifestações em prol da Petrobras. Exemplo disso foi a audiência pública que ocorreu no Recife, dia 25 de maio, na Câmara dos Vereadores, a proposta de criação do Comitê do Pré-Sal em Goiás, pelo Deputado Estadual Mauro Rubem (PT-GO) – iniciativa que já ocorre no Rio Grande do Sul, fruto da união de várias entidades e da Assembléia Legislativa daquele estado. Neste sentido, o Sintsep-GO apóia toda mobilização em defesa da estatal. “A classe trabalhadora brasileira deve estar muito atenta a este debate, para que não sejamos ludibriados por forças políticas que não têm compromisso com o serviço público, nem com o patrimônio público do nosso país”, afirmou o presidente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues.

Fonte: Sintsep-GO com Condsef