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Na quarta-feira (13), o Correio Braziliense publicou matéria onde o governo anuncia possível aumento no auxílio-alimentação dos servidores do Executivo, congelado há quatro anos. Cobrando a instalação de uma agenda para negociar reajustes de todos os benefícios, o Sintsep-GO e a Condsef acreditam que a mobilização da categoria em torno da pauta surtiu efeito. As entidades defendem a isonomia no pagamento dos benefícios aos servidores dos Três Poderes.

Hoje, a discrepância é gritante. No Executivo, por exemplo, os valores do auxílio-alimentação, variam de R$126 a R$162/mês por Estado. Os baixos valores fizeram com que o benefício fosse apelidado de “vale coxinha”. Já o Legislativo concede R$638/mês para alimentação de seus funcionários, maior valor pago entre os poderes. “Se a necessidade de comer é a mesma entre os servidores porque haver diferença no valor do benefício que o governo concede a eles?”, questiona Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. E o auxílio-alimentação não é o único a apresentar problemas.

As entidades também cobram reajuste de outros benefícios como auxílio-transporte, creche, diárias, além da contrapartida em planos de saúde. No auxílio-transporte, a proposta é alterar a fórmula de cálculo que hoje traz prejuízo para um número enorme de servidores. A forma regionalizada como o auxílio-alimentação é paga no Executivo também é questionada. Para a Condsef, o governo não tem motivos para pagar valores diferentes de acordo com o estado em que o servidor reside. Para mudar isso, a entidade defende um valor único a ser pago.

Pesquisas comprovam defasagem
Recente pesquisa publicada pelo jornal O Globo mostra que o trabalhador brasileiro que almoça fora gasta, em média, R$16,26 por dia. Em alguns estados esse valor ultrapassa os R$18 por refeição. Pela pesquisa, é possível deduzir, portanto, que o mínimo que um trabalhador deve receber é cerca de R$400 por mês para ter condições de fazer uma refeição. Os servidores lembram que este valor aponta apenas o mínimo que deveria ser pago; não o ideal. Os números revelam também a enorme distância que separa servidores que ganham R$126/mês daquilo que deveria ser pago.

Em junho, quando volta a realizar uma grande atividade em Brasília reunindo servidores de todos os estados, Sintsep-GO, Condsef e várias entidades ligadas aos servidores cobrarão com intensidade a solução para essa injustiça. As sinalizações dadas pelo Ministério do Planejamento de que reajustes nos benefícios serão concedidos indicam a abertura do caminho. Mas é a pressão da categoria que será fundamental para assegurar o valor isonômico justo a ser pago por esses benefícios.

Fonte: Sintsep-GO com Condsef