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A situa��o Incra n�o est� f�cil neste m�s de abril. Ap�s enfrentar contingenciamento de verbas e invas�es de seus escrit�rios por sem-terra, o �rg�o federal respons�vel pela reforma agr�ria agora est� amea�ado de parar. Os servidores da institui��o anunciam para amanh� uma greve geral.

Em manifesto divulgado nesta segunda-feira, dia 23, eles explicam que a paralisa��o tem dois motivos: exigir melhores sal�rios e denunciar a falta de prest�gio da reforma nos governos do PT. Segundo o texto, parte dos problemas que enfrentam na �rea salarial come�aram em 2003, com a chegada de Lula ao poder. No governo Dilma eles se agravaram.

O manifesto critica a forma desconexa como o governo age. De um lado amplia as �reas de assentamentos, mas de outro enxuga e sufoca a m�quina do Incra, respons�vel pela assist�ncia aos assentados. �Entre 1985 e 2011, o Incra teve o seu quadro de pessoal reduzido de 9 mil para 5,7 mil servidores. Nesse mesmo per�odo, sua atua��o territorial foi acrescida em 32,7 vezes � saltando de 61 para mais de 2000 munic�pios, um aumento de 124 vezes no n�mero de projetos de assentamentos assistidos�, diz o texto.

Os sal�rios pagos no Incra estariam defasados em rela��o aos de outros minist�rios. Por causa disso, embora realize concursos para contratar mais funcion�rios, a institui��o n�o consegue preencher as vagas. �Do �ltimo concurso, realizado em 2010, cuja homologa��o se deu h� poucos meses, apenas 51% dos profissionais convocados assumiram�, informa o manifesto.

A remunera��o no Incra seria, em m�dia, duas vezes e meia inferior � dos funcion�rios do Minist�rio da Agricultura. Isso n�o ocorria at� a posse de Lula, em 2003. �A distor��o se iniciou e aprofundou justamente nos governos do Partido dos Trabalhadores�, acusam os servidores.

A greve aprofunda a crise do Incra. Neste momento a dire��o do instituto pleiteia no Minist�rio do Planejamento o fim do contingenciamento de 70% de suas verbas de custeio. Por outro lado, Jo�o Pedro St�dile, principal l�der do MST, acusa o governo de ter deixado a reforma nas m�os de tecnocratas.

Fonte: Sintsep-GO com O Estad�o