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Condsef pede audiência urgente com ministra Marta Suplicy para negociar a pauta

Indo para a terceira semana de paralisação, a greve dos servidores da Cultura vem ganhando novas adesões na medida em que não estão sendo sentidos os avanços esperados nos processos de negociação com o governo. Essa semana a Condsef e o comando nacional de greve estiveram com o ministro das Relações Institucionais do governo, Ricardo Berzoini. O ministro se comprometeu a intermediar um diálogo da categoria com as ministras Marta Suplicy, da Cultura, e Miriam Belchior, do Planejamento. As tentativas de diálogo seguem sem resultados práticos e as reuniões ocorridas com gestores da Cultura também não tiveram grandes avanços. Diante do cenário, a Condsef encaminhou uma solicitação de audiência urgente com a ministra Marta.

O objetivo é dialogar diretamente com a ministra, apresentar os temas que levam os servidores a encampar esta greve que já caminha para uma das maiores mobilizações da categoria nos últimos anos. A expectativa é de que Marta adote a mesma postura tomada pelo então ministro Gilberto Gil em 2007 que assumiu pessoalmente as negociações com diferentes segmentos do governo e conseguiu garantir a implantação de parte de uma pauta de reivindicações gerou a assinatura de um termo de acordo com diversos itens que ainda seguem pendentes.

Enquanto a greve na Cultura segue crescendo, o Planejamento mantém o discurso de que está cumprindo com todos os acordos firmados com os servidores e que não há autorização para encaminhar qualquer proposta com impacto orçamentário. Além de Goiás, a greve na Cultura já atinge 14 estados (SE, PB, PA, RS, SC, PR, CE, ES, SP, MG, RJ, AL, AC, BA) e o Distrito Federal.

Além do cumprimento de acordos antigos, estão entre as prioridades dos servidores da Cultura e de outros setores, que também discutem adesão à greve, temas como a antecipação da parcela do reajuste salarial previsto para janeiro de 2015, reajuste em benefícios como auxílio-alimentação e saúde suplementar, entre outros. A regulamentação da negociação coletiva no setor público também está entre as prioridades do conjunto dos servidores. A expectativa é de que os servidores consigam abrir um canal de diálogo efetivo com o governo capaz de resolver os pontos centrais apresentados com soluções para os problemas mais urgentes colocados.

No próximo dia 29 uma atividade deve ser realizada para protocolar uma carta à presidente Dilma Rousseff. O objetivo é conseguir uma audiência com a presidente que já recebeu diversos representantes da classe trabalhadora, mas nunca recebeu representantes dos servidores públicos federais para tratar especificamente a pauta do setor.

Sintsep-GO com Condsef