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Convocada pelas 31 entidades que comp�em a Campanha Salarial 2012 a mobiliza��o ocorrida nesta quarta-feira, dia 28, que reuniu mais de 400 servidores de Goi�s e � em sua totalidade � mais de seis mil companheiros foi marcada por vig�lia em frente ao Minist�rio do Planejamento onde tamb�m aconteceu uma reuni�o com a equipe do secret�rio de Rela��es do Trabalho, S�rgio Mendon�a. O di�logo com o governo trouxe pouqu�ssimas novidades, mostrando que os servidores devem continuar apostando no refor�o da unidade e mobiliza��o. A pr�xima atividade de mobiliza��o da categoria acontece no dia 25 de abril, com um Dia Nacional de Luta que prev� a paralisa��o de atividades em todo o servi�o p�blico federal. Com o atual cen�rio, o indicativo de greve fica cada vez mais iminente. Nesta quinta-feira, 29, o secret�rio S�rgio Mendon�a respondeu a alguns questionamentos feitos pela imprensa sindical que cobria as atividades.

Em primeiro lugar o Planejamento informou que neste momento � muito dif�cil atender a demanda de pol�tica salarial com data-base e descartou a possibilidade de conceder reajuste emergencial de 22,08% aos trabalhadores. Questionado se haveria possibilidade de concess�o de reajustes em 2012 o secret�rio de Rela��es do Trabalho foi categ�rico ao afirmar que para este ano o governo n�o trabalha com esta possibilidade. Disse apenas que h� uma possibilidade, ainda que remota, de avan�ar nas negocia��es que envolvem reajuste no conjunto de benef�cios, entre eles aux�lio-alimenta��o, creche, transporte e plano de sa�de. Mendon�a informou ainda que o governo pretende priorizar as negocia��es setoriais sem com isso deixar de negociar as demandas macro dos servidores. Uma nova reuni�o com as 31 entidades foi agendada para o dia 24 de abril. Um dia antes, portanto, do Dia Nacional de Lutas que acontecer� em todo Brasil. A reuni�o servir� novamente como term�metro para que os servidores sintam as disposi��es do governo em avan�ar no di�logo com a categoria.

A pol�tica de governo ser� a de corre��o das distor��es entre as carreiras. Para isso, o Planejamento est� marcando agendas de reuni�es setoriais. Ap�s uma radiografia das pautas espec�ficas, o governo decidir� como proceder. Sobre data-base, Mendon�a acrescentou que a proposta est� condicionada a regulamenta��o da negocia��o coletiva e implanta��o do sistema de negocia��o permanente.

Discurso de austeridade s� para trabalhadores
Sobre os prazos para apresenta��o de propostas formais aos servidores, Mendon�a informou que o Planejamento far� todo o esfor�o para buscar um desfecho para as negocia��es at� o dia 31 de julho. Acrescentou que o governo n�o quer a greve, mas que tem sua din�mica visto que a despesa de pessoal � uma decis�o de porte que afeta toda a macroeconomia do Pa�s. Os argumentos de que o atendimento das demandas dos servidores poderia gerar problemas para a economia brasileira foram questionados pelos sindicalistas. O presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, registrou que o governo brasileiro s� tem restri��es or�ament�rias quando discute demandas dos trabalhadores. Em contrapartida j� desonerou R$ 90 bilh�es da folha de impostos que deviam ser pagos por empres�rios. Al�m disso, o governo beneficiou o empresariado com mais de R$ 25 bilh�es em isen��o de impostos.

PL 2203/11
A respeito do projeto de lei (PL) 2203/11 que aguarda vota��o no Congresso Nacional, Mendon�a informou que o Planejamento ir� participar das audi�ncias p�blicas sobre o assunto. O governo tamb�m ir� se reunir com o relator do projeto na C�mara, deputado federal Jovair Arantes. Mas adiantou que o governo n�o pretende atender a demanda dos servidores de retirar do PL artigo que trata da insalubridade por entender que a proposta do governo � muito boa e correta.

Sem negocia��es pr�vias com os trabalhadores, o PL modificou valores nas gratifica��es de insalubridade podendo causar preju�zos a milhares de trabalhadores. J� no caso dos docentes de ex-Territ�rios e escolas militares, o governo reconhece que cometeu um erro, mas que s� poder� corrigi-lo no pr�ximo instrumento legal a ser publicado em 2013.

Para a Condsef � clara a necessidade de refor�ar a mobiliza��o dos servidores e debater fortemente a necessidade de realiza��o de uma greve. �Diante da postura do governo, o que nos resta para demover esta postura intransigente � realizar um grande dia de paralisa��o dos federais preparando a categoria para uma poss�vel greve geral do funcionalismo p�blico�, destacou o secret�rio-geral da Confedera��o, Josemilton Costa.

A greve em Goi�s
O movimento paredista est� sendo constru�do em Goi�s de forma respons�vel, com consultas feitas a toda a base. De acordo com o presidente da entidade, Ademar Rodrigues, foram realizadas assembleias em praticamente todos os munic�pios onde existe base do Sintsep-GO no Estado (53 munic�pios).

“At� o momento, nas assembleias realizadas pelo Sintsep-GO, est� clara a posi��o de paralisa��o por parte dos servidores do Estado desde que, em n�vel nacional, haja uma ades�o de pelo menos 50% da base da Condsef”, afirmou o presidente.

De acordo com a dire��o do Sintsep-GO, infelizmente o governo n�o est� deixando outra sa�da para os trabalhadores que n�o o in�cio de um movimento grevista. “H� muito maquiavelismo no processo negocial por parte do governo Federal. � tudo feito em cima da hora, na correria, no apagar das luzes, a fim de que os trabalhadores aceitem os acordos goela abaixo. E, quando sai alguma coisa errada, n�s � que temos que correr atr�s do preju�zo, aguardar a edi��o de novas leis, enfim, � uma m�-f� muito grande por parte do governo que n�s n�o vamos mais aceitar”, desabafa. “Isso inclusive foi refor�ado na audi�ncia com o S�rgio Mendon�a. Enquanto as entidades solicitam uma resposta do governo at� 31 de mar�o, eles continuam dizendo que as respostas efetivas s� poderam vir em 31 de julho”, complementa.

Conforme deliberado pelas entidades nacionais, o Sintsep-GO desde j� solicita a toda a base dos servidores p�blicos federais que, no dia 25 de abril, paralisem totalmente suas atividades. “Vamos dar uma demonstra��o de for�a e unidade ao governo. E vamos nos preparar para a greve por tempo indeterminado”, finalizou.