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Sintsep-GO se reuniu com a CUT nacional e, no mesmo dia, com a Condsef, na mesa de negociação, onde se deu mais uma rodada de negociações com o governo. Cenário permanece incerto, mas conversas avançam

A última sexta-feira, dia 31, foi repleta de negociações importantes para a pauta da Campanha Salarial dos servidores públicos federais. Parte da direção da Condsef (Sérgio Ronaldo, Josemilton Costa, Pedro Armengol, Sérgio Goiana, José Carlos), Sintsep-DF e o tesoureiro do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues, estiveram em São Paulo — pela manhã — reunido com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Durante o encontro, os sindicalistas ressaltaram a importância da intervenção da Central no processo negocial com o Executivo, tendo em vista que as “reivindicações dos servidores são justas e representam, nada mais nada menos, que demandas represadas e já acordadas com a presidenta Dilma Rousseff”, apontaram.

De acordo com Ademar, após solicitação da Condsef, Freitas se incumbiu de conversar pessoalmente com o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, com o Ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e com o Secretário Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, no sentido de destravar a pauta de negociações, especialmente na questão do reajuste parcelado em quatro anos. “A categoria entende que não pode ficar amarrada a um acordo de quatro anos, então nós queremos reduzir este tempo para, pelo menos, dois anos, além de garantir as outras pautas que são fundamentais, como a média dos últimos cinco anos para as gratificações nas aposentadorias, a equalização das carreiras a partir da lei 12.277/10 e o reajuste dos benefícios, entre outros”, destacou Ademar.

Condsef
Já no final da tarde, o Sintsep-GO participou, como entidade convidada, de reunião entre a Condsef e o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça. Na mesa, estavam presentes os companheiros Ademar Rodrigues e Gilberto Jorge, secretário-geral do Sintsep-GO e também diretor da Condsef – além dos companheiros Sérgio Ronaldo, Josemilton Costa, Pedro Armengol, Oto e Jussara Grifo. A pauta girou, novamente, entre a manutenção do reajuste de 21,3% em quatro anos, que já não foi aceita pela categoria.

Na reunião, Sérgio Mendonça mencionou a possibilidade de reduzir o prazo para dois anos, porém com índice de 10,5%, dividido em dois. “Da mesma forma que o reajuste negociado em 2012, os 10,5% representam uma média. O recurso contingenciado poderá ser utilizado, de acordo com o direcionamento da Condsef, para atender prioritariamente os setores e níveis que estão em situação mais difícil”, disse Ademar.

Quanto à média dos pontos da gratificação de desempenho para fins de aposentadoria, Sérgio Mendonça disse que o governo está disposto a conceder de forma parcelada, em três anos, a partir de 2017 (17% em 2017; 17% em 2018 e 16% em 2019). Os servidores pediram para que este parcelamento tenha início a partir do próximo ano (2016) e seja pago em uma ou duas parcelas. Não houve resposta por parte do governo quanto a esta solicitação.

Sérgio Mendonça afirmou ainda que o reajuste dos benefícios se mantém conforme a primeira proposta apresentada pelo governo (acréscimo de R$ 85,00 no auxílio-alimentação e de 373% no auxílio-creche) e que o Executivo irá se comprometer a estudar a implantação da Convenção 151 (negociação coletiva) no setor público.

A SRT informou ainda que, nos dias 10 e 11 de agosto, irá receber todas as demandas específicas dos setores ligados à Condsef, e que terá uma resposta oficial até o dia 14 de agosto. A expectativa dos setores da base da Condsef, que representa a maioria dos servidores federais, é receber respostas concretas também sobre demandas específicas das diversas categorias que compõem a administração pública. Em reuniões que tratariam de propostas dos servidores do Inmetro, Agências Reguladoras e DNPM, o Planejamento deu mostras de que a intenção do governo é focar em propostas para o conjunto dos federais. Segundo a SRT, o momento de crise inviabiliza a apresentação, por parte do governo, de propostas específicas. Para buscar avanços nesse cenário de negociações, no dia 6 de agosto servidores voltam a se unir em torno de uma marcha a Brasília. A última marcha, realizada no dia 22 deste mês levou mais de 5 mil servidores à Esplanada dos Ministérios.

“Temos que analisar bem o cenário e manter os servidores mobilizados, tendo em vista que o governo está condicionando discutir todas as demais propostas à aceitação da primeira (21,3% em quatro anos). A única coisa que pode garantir que essa negociação caminhe positivamente para nós, servidores, é a nossa mobilização, mantendo a unidade e a capacidade de pressionar o governo a valorizar o setor público e o servidor”, finalizou Ademar.

Sintsep-GO com informações da Condsef