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Quase um mês se passou desde que o Ministério do Planejamento informou que a intenção do governo era encaminhar, até o dia 31 de março, uma medida provisória (MP) ao Congresso Nacional com propostas de reajuste para cerca de 800 mil servidores. De lá para cá, a demora e também a indecisão se o envio será feito mesmo por MP ou por Projeto de Lei (PL) vem deixando esses servidores impacientes. A Condsef, que luta para que o governo encaminhe as propostas por MP, espera que isto aconteça antes que seja fechada a folha de pagamento dos federais. A entidade acredita que o governo já poderia ter publico a MP, acalmando os ânimos das categorias que assinaram acordo e aguardam a implantação dos reajustes em seus contracheques. A Condsef está preocupada, pois a demora deve provocar um prejuízo desnecessário. Como os reajustes são retroativos a 1º de março, na primeira parcela os servidores poderão amargar um desconto do Imposto de Renda (IR) maior do que o esperado. Condsef e CUT seguem pressionando para que uma MP seja publicada imediatamente.

A paciência da categoria está mesmo esgotada. Centenas de funcionários procuram informações diariamente na Condsef e começam a questionar o motivo de toda essa demora. Não bastasse o susto causado pelo fim da CPMF, que chegou a ameaçar os acordos firmados com diversas categorias, o desentendimento entre Governo e Congresso Nacional começa a incomodar os servidores que não querem pagar o preço por uma guerra que nada tem a ver com eles. Diversos parlamentares de oposição já haviam se declarado favoráveis ao envio de MP para conceder reajuste aos servidores. “Não temos culpa se eles (Governo e Congresso) não estão se entendendo, os servidores só querem começar a receber o reajuste a que têm direito”, disse Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef. “Reajuste, aliás, que não é considerado o ideal, mas com certeza já está fazendo falta para quem amargou mais de uma década de arrocho salarial”, comentou.

Fonte: Condsef