Em Goiânia, concentração ocorrerá às 9 horas, na Praça Cívica, com máscaras e distanciamento social. Contag, MST e frentes BP e PSM estarão juntas nas ações regionais e nacional, que terá ato em Brasília, com transmissão pelas redes sociais. Entidades organizam faixaços, carreatas e doação de alimentos em outras cidades

Esta quarta-feira (26/5) será um dia de atos em todo o país em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia. Em Goiânia, o Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania – do qual faz parte do Sintsep-GO – convoca as lideranças e dirigentes para o Ato Simbólico na Praça Cívica, com máscaras e distanciamento social.

Já o ato nacional será realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir das 10 horas, com transmissão pelas redes sociais das entidades. Combater a fome e a pobreza no Brasil é o objetivo principal do ato #600ContraFome que o Fórum, a CUT, demais centrais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam amanhã.

A fome não espera. Quando ela dói no estômago, e na mesa não há nada para comer, vem o desespero. Esse é o sentimento de milhões de brasileiros que já estão na linha da pobreza. Hoje, no Brasil, já são 14,5 milhões de famílias nesta situação por causa do descaso do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) com a população mais pobre e mais impactada pela crise econômica aprofundada pela pandemia do novo coronavírus.

As lideranças da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CSP-Conlutas, CGTB, CONTAG, MST e das frentes BP e PSM conhecem bem esse drama e não ignoram o sofrimento desses brasileiros – pais e mães de família sem emprego, jovens sem esperança e crianças desprezadas pelo governo federal que não só deixa de cumprir com seu papel de promover o desenvolvimento com geração de emprego e renda como não ampara essas pessoas em um momento de  calamidade como o que o país vive.

Prova disso é o disparate de ter reduzido drasticamente o valor do concedido um auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, primeiro de R$ 600 para R$ 300 e este ano para R$ 150, no caso da maioria dos beneficiários. Outros receberão R$ 250, (quando há mais de uma pessoa na família), e alguns R$ 375, no caso de mães chefes de família, para as quais o Congresso havia aprovado R$ 1.200, que foram pagos pelo governo apenas até setembro. O auxílio ainda demorou quase quatro meses para começar a ser pago este ano a um número muito menor de pessoas do que no ano passado.

Em 2020 foram 68,5 milhões de beneficiários. Já este ano, cerca de 30 milhões não receberão o auxílio, ou seja, a pobreza e a fome aumentaram proporcionalmente ao descaso de Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.

Enquanto a renda diminui, ou mesmo não existe para esses milhões de brasileiros, o preço dos alimentos faz o caminho inverso. Aumenta a cada dia e – mais uma vez – o governo nada faz para controlar. A carestia é um tiro de misericórdia na esperança dos brasileiros que não tem o que comer.

Dá para suportar? Para o movimento sindical a resposta é não e a ação tem que ser imediata. A começar pelo auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600. E essa é a pauta principal da CUT e das centrais sindicais em conjunto com movimentos sociais, nesta quarta-feira.

Sintsep-GO com CUT Nacional