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No �ltimo dia 8, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada) divulgou um estudo (veja aqui) elaborado em parceria com o Minist�rio do Planejamento que mostra um aumento de 19,8% do n�mero de servidores federais ativos durante os oito anos de governo Lula. De 2003 a 2010 foram admitidos cerca de 160 mil novos servidores. No entanto, o mesmo estudo aponta que o aumento no quadro funcional foi insuficiente para repor a for�a de trabalho do setor que no in�cio dos anos 1990 era de mais de 990 mil ativos. Hoje s�o pouco mais de 970 mil servidores na ativa. Com um aumento da expectativa de vida do brasileiro e levando em conta a crescente demanda da popula��o por servi�o p�blico � urgente que o governo Dilma promova uma pol�tica administrativa visando o fortalecimento do Estado. Para isso, a Condsef e suas filiadas defendem a contrata��o urgente de novos servidores e tamb�m a fundamental reestrutura��o de carreiras essenciais para o atendimento � popula��o.

Enquanto o Executivo continuar pregando o discurso de conten��o de despesa e deteriorando o servi�o p�blico para atender interesses de especuladores, banqueiros, grandes empres�rios e beneficiando o agroneg�cio, n�o haver� espa�o para consolida��o de uma pol�tica capaz de fortalecer o Estado. At� agora Dilma tem mostrado que sa�de, educa��o, e demais setores respons�veis diretos pelo atendimento � popula��o n�o est�o entre as prioridades do governo. Os mais de 800 mil trabalhadores do Executivo Federal esperam que o quadro mude. E ele precisa mudar emergencialmente.

At� quando faltar� vontade pol�tica?
Desvalorizando setores essenciais, o governo Dilma tem sinalizando que prefere transferir para a popula��o o �nus de pagar por servi�os que o Estado teria a obriga��o de fornecer. O caminho mais f�cil n�o interessa a sociedade que paga a maior taxa de impostos do mundo. Recordes freq�entes na arrecada��o est�o a� pra provar que o problema do setor p�blico n�o est� na falta de dinheiro, mas sim na falta de vontade pol�tica em resolver quest�es graves de distor��es salariais e condi��es de trabalho que prejudicam ao longo dos anos os servi�os prestados � sociedade.

N�o se pode aceitar que os trabalhadores do servi�o p�blico continuem a pagar uma conta cara de contingenciamento que cobra n�o s� dos trabalhadores, mas principalmente da popula��o, que depende dos servi�os p�blicos prestados pela maioria dos servidores do Executivo. Esta maioria precisa ter seus problemas ouvidos e suas demandas atendidas.

Fonte: Condsef