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Dirigentes do Sintsep-GO e delegados de base se dirigem à Brasília nesta quarta-feira, 15 de agosto, para se juntarem à Marcha Nacional Lula Livre, ato político que visa garantir o registro da candidatura do ex-presidente Lula

Dirigentes do Sintsep-GO e delegados de base se dirigem à Brasília nesta quarta-feira, 15 de agosto, para se juntarem à Marcha Nacional Lula Livre. Após quatro dias de caminhada e cerca de 50 quilômetros percorridos, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Via Campesina, se encontraram, na manhã de hoje (14), na região central de Brasília, um dia antes de grande ato político que irá registrar a candidatura do ex-presidente Lula. Na capital federal, também acompanharam a marcha o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Levante Popular da Juventude.

Em marcha desde o dia 10, quando chegaram de 23 estados e do Distrito Federal, os militantes se dividiram em três colunas – Prestes, Ligas Campesinas e Teresa de Benguela – para, em fileira, protestar pela liberdade de Lula, soberania popular e terra, trabalho e moradia.

Outro grupo formado por sete militantes da Via Campesina, do Levante Popular da Juventude e da Central dos Movimentos Populares (CMP) estão em greve de fome cobrando justiça para Lula aos ministros do Supremo Tribunal Federa (STF) desde o último dia 31 de agosto. Vilmar Pacífico, Jaime Amorim, Zonália Santos, Frei Sérgio Görgen, Rafaela Alves, Luiz Gonzaga (Gegê) completam hoje 16 dias sem se alimentar e Leonardo Soares completa o 9º dia consumindo apenas soro e água.

A luta de todos os militantes é para que o STF acelere a votação das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC’s) 43 e 44, que tratam da prisão após condenação em segunda instância, como é o caso de Lula, para que o ex-presidente responda em liberdade o processo do caso do tríplex do Guarujá e participe do processo eleitoral.

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, do Paraná, por supostamente ganhar de uma construtora uma “reforma” em um apartamento que não lhe pertence e é mantido preso político desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Tanto a Marcha Nacional Lula Livre quanto a greve de fome são formas do povo demonstrar sua força e organização, avaliou Antônia Ivoneide, da direção nacional do MST.

“Esse projeto enxerga em Lula a possibilidade real de reverter as maldades que o Golpe de 2016 trouxe para o povo pobre como a fome, o desemprego, ataques à saúde e educação, aumento da violência e entrega das riquezas nacionais”, continuou a dirigente.

Greve de Fome
Na manhã desta terça (14), junto com diversas representações do Sagrado cujos celebrantes estão comprometidos com a defesa da democracia e o combate à fome, realizaram um Ato Inter-Religioso em frente à Suprema Corte. Estiveram presentes o argentino Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, que ontem à tarde visitou os militantes em greve, e João Pedro Stédile, dirigente do MST e Via Campesina

A Greve de Fome por Justiça no STF também é organizada pelos movimentos populares que integram a Frente Brasil Popular e faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Democracia, contra a volta do Brasil ao Mapa da Fome da ONU, o abandono dos mais pobres – sobretudo as pessoas em situação de rua, das periferias, os negros, indígenas, camponeses, sem-terra, assentados, quilombolas e desempregados.

Juntas, elas somam 44,8 milhões hectares, o que equivale a 12,8% do total da área rural produtiva do país. Por outro lado, 2,4 mil fazendas com mais de 10 mil hectares que correspondem a apenas 0,04% das propriedades rurais do país, ocupam 51,8 milhões de hectares, ou 14,8% da área produtiva do campo brasileiro.

Com informações da CUT