Na sexta-feira, 14 de junho, dia de #GreveGeral, milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas, nos 26 estados da federação e no Distrito Federal, contra o desmonte da Previdência pública, os cortes na Educação, por Saúde, Segurança, Moradia, Trabalho e Direitos Sociais. O Sintsep-GO integrou o grupo de 20 mil pessoas que marcharam, na capital goiana, contra as medidas do governo de Jair Bolsonaro.

Liderado pelo companheiro Ademar Rodrigues, presidente do Sintsep-GO, o ato congregou dezenas de entidades, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, contra as pautas defendidas pelo atual governo.

“O Sintsep-GO está aqui para reafirmar sua postura em defesa da classe trabalhadora, dos servidores públicos e da prestação de serviços públicos, gratuitos e de qualidade, à nossa população. O atual governo nos ameaça por todos os lados, mistura desregulamentação e retirada de direitos com subserviência aos interessas do capital internacional, num entreguismo sem precedentes na nossa história democrática. Nós não podemos permitir que isso ocorra”, afirmou.

Em Goiânia, o ato começou na Praça Cívica, no Setor Sul, e seguiu em caminhada até a Praça do Trabalhador, onde foi feito o encerramento. A avenida Goiás ficou lotada de manifestantes, que carregavam faixas, cartazes e placas com críticas à Reforma da Previdência, aos cortes na educação e nos serviços públicos e à retirada de direitos.

Os fatos envolvendo a parcialidade do então juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro que, em conluio com o procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol, atuou politicamente na condenação do ex-presidente Lula durante os desdobramentos da Operação Lavajato também foram pauta dos manifestantes, que exigiram a anulação da sentença de Lula no caso do triplex e a liberdade do ex-presidente.

Os números da crise
A falta de rumo do governo Bolsonaro não é apenas ideológica, mas também econômica. Em números são 27,7 milhões de desempregados; 48,5 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social (consumo de menos de 1,9 dólar por dia) e 36 milhões de pessoas no mercado de trabalho informal – incluindo crianças e idosos.

“O Brasil está acéfalo. Não existe projeto de país e, o que está sendo ventilado não é positivo para a classe trabalhadora, para os idosos, para as crianças, mulheres, para o meio ambiente, enfim, não é positivo para o país. E nós não vamos sair das ruas enquanto perdurar essa realidade que, esperamos, acabe o mais rápido possível”, destacou Ademar.