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Em Goiânia paralisação começou às 3 horas da madrugada, na porta da Metrobus

A Greve Geral em Goiânia (GO) começou com a paralisação do transporte. Integrantes do Sintsep-GO, militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT Goiás), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outras centrais sindicais impediram que os ônibus da Metrobus, responsável pelo principal corredor viário da cidade, o Eixo Anhanguera, que transporta 500 mil passageiros por dia, saíssem da garagem. Os piquetes começaram às 3 horas da madrugada.

Parados os ônibus, a cidade sentiu o reflexo. Ruas vazias, com exceção do Centro de Goiânia, para onde convergiram os manifestantes que se concentraram na Praça Cívica e depois seguiram em passeata pela Avenida Goiás até a Praça do Bandeirante. Categorias como bancários, professores e trabalhadores federais e da Saúde cruzaram os braços.

Além da capital, houveram manifestações no interior de Goiás, com destaque para Catalão, Formosa, Jataí e Goiás. Presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem diz que a pressão popular, greves e a ocupação das ruas podem derrubar as reformas que, se aprovadas no Congresso Nacional, representam o fim da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e da aposentadoria.

Brasil
A greve desta sexta-feira (30) mobilizou milhares de pessoas em todo o Brasil e denunciou mais uma vez os riscos que a aprovação das reformas do golpista Michel Temer representa para a classe trabalhadora e para o País. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e 13º”, alertou o presidente da CUT Brasil, Vagner Freitas.

A aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na noite de quarta-feira (28), do parecer favorável a Reforma Trabalhista que promoverá um retrocesso de mais de 80 anos na legislação trabalhista brasileira, mobilizou ainda mais categorias. “O embate entre o capital e o trabalho é um processo de luta que exige organização, mobilização e capacidade de resistência como qualquer luta de classe”, reforçou o presidente da CUT Brasil.

Fonte: CUT-GO