Houve distribuição de material explicativo sobre a greve e conversa com usuários do sistema de saúde em frente ao Portão A do hospital

Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), lotados no Hospital das Clínicas (HC) da UFG, realizaram na manhã desta segunda-feira (26/9) o “Dia D”, em defesa da reposição salarial dos últimos três anos, sem retirada de direitos.

Organizados pelo Sintsep-GO, os profissionais de saúde fizeram bonito, dialogando com a população, usuária da saúde pública, em frente ao Portão A do Ambulatório do HC. Foi distribuído um panfleto, elaborado pelo próprio comando de greve, que explicava os motivos pelos quais os profissionais da área assistencial e administrativa realizam a greve.

“Além de não repor a inflação dos últimos três anos, a Ebserh quer tirar nossos direitos adquiridos, alterando a forma de cálculo para pagamento da insalubridade. Até pouco tempo atrás, na pandemia, nós éramos heróis. Infelizmente, essa é a forma que esse governo reconhece o nosso valor: diminuindo os salários e retirando direitos”, desabafou Ramara Nunes, diretora do Sintsep-GO e uma das muitas enfermeiras do hospital, presentes no protesto.

Tesoureiro do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues, ressaltou a fibra dos trabalhadores da Saúde, não só no período de pandemia, mas no momento atual, quando se colocam na luta por seus direitos e em defesa da saúde pública, mesmo que a própria população não perceba, de imediato, o alcance dessas ações. “Infelizmente é preciso parar um pouco e fazer barulho sim, na frente do hospital, para que as pessoas percebam aquilo que elas estão perdendo. E, nesse caso, todos estão perdendo: trabalhadores estão perdendo salário, direitos e a população perde as políticas públicas, o atendimento que está sendo desmontado. No fim das contas, nossa luta é a mesma, por dignidade”, afirmou.

Para a presidenta do Sintsep-GO, Márcia Jorge, o corte nos salários e nos direitos dos trabalhadores representa uma das várias faces da política de desmonte da saúde e dos serviços públicos. “Você, que está passando na rua, ou está vindo para o hospital. Esse problema aqui também é seu, é a sua saúde, é o seu direito a um atendimento de qualidade que está sendo retirado”, alertou à população.

Após as falas, uma passeata na 1ª Avenida finalizou o ato, quando os manifestantes retornaram ao ponto de saída, em frente à entrada principal do HC.


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