goias ato demonstra que servidores publicos estao mobilizados para a luta
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Seguindo orientação nacional da Condsef, trabalhadores(as) do Serviço Público Federal em Goiás paralisaram suas atividades por cerca de duas horas, na tarde desta quarta-feira, dia 07 de maio. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal em Goiás (Sintsep/GO), Ademar Rodrigues, o ato foi uma advertência ao governo Federal de que as categorias estão mobilizadas e prontas para o embate, caso os acordos referentes aos reajustes salariais dos servidores não sejam cumpridos. “A promessa do governo era de que iria ocorrer em abril, retroativo a março. Já estamos quase na metade do mês de maio, e o projeto ainda se encontra na Casa Civil. Cadê o compromisso deste governo com os trabalhadores?”, desabafou o sindicalista.
Cerca de 300 trabalhadores acompanharam a pequena passeata que saiu, do prédio da Funasa, e foi até o coreto da Praça Cívica, local onde os servidores se concentraram para as falas de desagravo em relação à difícil situação que muitos enfrentam, especialmente os da própria Funasa, que tiveram o recebimento da indenização de campo cortado, devido à criação da Gacen. “O problema é que já não estamos recebendo a indenização há dois meses, e a Gacen ainda nem entrou em vigor. É 30% do nosso salário!”, reclamaram.
A maioria dos órgãos paralisou suas atividades temporariamente, entre 14h e 16 horas, tempo que durou o protesto. O Incra, no entanto, já amanheceu paralisado, com distribuição de material por parte dos trabalhadores desde as 8h da manhã. Além do Sintsep/GO, participaram da atividade a Central Única dos Trabalhadores (CUT-GO); a Confederação dos Trabalhadores Brasileiros (CTB); as Associações de Servidores do Incra e da SRTE/GO (Assincra e Asmitego); o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Goiás (Sint-UFG); o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp GO/TO); o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás (SINPRF/GO); a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União da Juventude Socialista (UJS).
A avaliação do ato foi bastante positiva por parte da direção do Sintsep/GO. “Nós percebemos que o servidor público federal, seja em Goiás, seja em outros estados – porque foi um ato nacional, em várias cidades do país – não agüenta mais. O governo não pode tratar os trabalhadores dessa forma, descumprindo uma negociação que, embora não traga tudo o que nós pleiteamos, já ajuda a corrigir uma injustiça imensa. O governo não está aumentando nossos salários, mas apenas corrigindo as perdas salariais que nós tivemos, ao longo de vários anos sem nenhum reajuste real. Do jeito que está, se esse projeto não entrar em vigor até o dia 14 de maio – data do próximo ato, só que dessa vez, em Brasília – vai ser impossível não estourar uma greve geral”, consideraram.
Interior também parou
E a mobilização dos servidores públicos não atingiu apenas a capital. Trabalhadores de mais de 20 municípios do interior de Goiás aderiram à paralisação. Destes, muitos realizaram atos em suas cidades, como Ceres, Jataí, Iporá, Goianésia, Morrinhos, Buriti Alegre, São Domingos, Cidade de Goiás, Itumbiara, Caiapônia, Mossâmedes, Formosa, Faina e Rio Verde.
Outros preferiram mandar representantes ao ato em Goiânia. Participaram companheiros(as) de Uruana, Nova Glória, Carmo do Rio Verde, Trindade, Aparecida de Goiânia, Bela Vista, Senador Canedo, Vianópolis e Guapó.
Outros municípios também aderiram à paralisação, mas, até o fechamento da matéria, não haviam enviado seus respectivos informes.