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Enquanto os servidores civis esperam pela folha suplementar, os militares já receberam o reajuste previsto na Medida Provisória (MP) 431, editada em maio. Os soldos com o aumento foram pagos na terça-feira (03) graças a um esforço conjunto feito por Marinha, Exército e Aeronáutica.

Como as Forças Armadas têm maior autonomia sobre os cadastros da ativa e da reserva, ao contrário do que ocorre na União, foi possível incluir a tempo no contracheque de maio os novos valores autorizados pelo governo.

Embora tenham sido contemplados na mesma medida provisória que os militares, os 800 mil funcionários civis do Executivo federal, distribuídos por 17 categorias, ainda aguardam receber o dinheiro.

O Ministério do Planejamento garante que o pagamento será feito em junho, mas admite que entraves logísticos podem acabar empurrando o repasse para o fim do mês. A demora desagrada aos servidores, que não acreditam em problemas técnicos no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). “Que bom que os militares conseguiram receber o reajuste. Estamos agora reivindicando o nosso aumento. Não há motivo para não pagar, no Serpro está tudo bem”, argumentou Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Gastos
Com as mudanças nas remunerações, o gasto público com pessoal militar passará de R$ 27,6 bilhões para R$ 31,8 bilhões neste ano. Em abril, depois de mais de um ano de várias rodadas de negociações, o governo anunciou reajustes para as Forças Armadas em percentuais diferenciados por patente e parcelados anualmente.

O índice médio de aumento ficou em 47,19%. Uma primeira parcela, de 8%, retroativa a janeiro, foi honrada. Outras duas, de 3,64% cada uma, deverão incidir sobre os ganhos de julho e outubro. Por causa da alteração, o menor salário entre os militares será o pago a 82,2 mil recrutas, no valor de R$ 471 e o maior será de R$ 15.048,19, pago aos oficiais generais de quatro estrelas, último posto na carreira na ativa.

Fonte: Correio Braziliense