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Acompanhados por uma centena de servidores que faziam vigília em frente ao Ministério do Planejamento, representantes da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento, Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Comissão Nacional de Servidores da Funai e Ansef (Associação Nacional dos Servidores da Funai) participaram de uma reunião que selou a reabertura das negociações para criar o Plano de Cargos e Carreira Indigenista (PCCIn). Por enquanto, a SRH está considerando superada a discussão sobre estrutura remuneratória. Com isso, neste momento, os servidores da Funai seguem lotados no PGPE até que as negociações do PCCIn sejam encerradas. A categoria solicitou a instalação de uma agenda emergencial capaz de concluir essas negociações em até trinta dias. O primeiro encontro foi marcado para o próximo dia 29, terça-feira.

Na oportunidade, os servidores devem apresentar sua proposta ao governo. Uma outra reunião deve ser marcada em seguida para que o governo apresente seu parecer. A expectativa é de que na terceira reunião os pontos de consenso sejam firmados.

Nesta quinta, o secretário de RH, Duvanier Ferreira, chegou a apresentar o esboço de uma proposta que cria uma carreira de desenvolvimento social, mas os servidores a rejeitaram imediatamente por não contemplar as obrigações constitucionais do estado brasileiro com os povos indígenas. Ao final da reunião, bancadas sindical e governamental conseguiram chegar a um acordo quanto à metodologia de trabalho.

Para os representantes dos servidores da Funai o encontro desta quinta trouxe avanços já que o governo concordou em renegociar o PCCIn como carreira. O prazo de trinta dias para que estas discussões sejam concluídas também foi comemorado, já que as negociações para criar o plano de cargos indigenista se arrastam por mais de três anos.

Mobilizados – A união dos servidores da Funai em torno da luta pela implantação do PCCIn é considerada fundamental. A categoria tem dado demonstrações de que está disposta a pressionar o governo até o fim. Manifestações em diversos estados mostram a vontade dos servidores em ver sua reivindicação atendida. Destaque para os servidores de Pernambuco que doaram sangue durante um ato em defesa do PCCIn.

Em Brasília, a vigília em frente ao Planejamento também mostrou a determinação dos servidores que puderam contar com o apoio de lideranças de várias etnias que estavam na capital federal participando do Movimento Brasil Indígena. “A categoria não deve descansar enquanto o compromisso firmado pelo governo não for atendido e o PCCIn implantado”, acredita Sérgio Ronaldo da Silva diretor da Condsef. “Vamos continuar cobrando o atendimento dessa reivindicação história”, concluiu.

Fonte: Condsef