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Apesar do avanço nas negociações entre servidores e governo, o acordo que

garantiu reajustes a cerca de 800 mil servidores públicos de dez setores não resolve todos os problemas do setor. Também não atende a todas as demandas acumuladas

durante anos pela categoria. Para continuar avançando nas conquistas e cobrar do governo a atenção que os servidores merecem, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores

no Serviço Público Federal) participa com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outras entidades do setor público de uma marcha a Brasília. O ato, que acontece no

dia 26, quarta-feira, terá como uma de suas bandeiras a luta pelo cumprimento integral de todos os acordos e compromissos firmados com diversas categorias. Muitas

negociações de setores da base da Condsef ainda estão em andamento e a entidade briga para que esses servidores também tenham garantidos reajustes com impacto já em

2008.

Entre os setores que ainda não firmaram acordo e esperam o reinício de um processo de negociação com o governo, marcado para abril, estão os administrativos da AGU,

servidores do DNOCS, Imprensa Nacional, FNDE, Fundo da Marinha Mercante e Arquivo Nacional. A Condsef também cobra uma agenda de negociações para servidores da Ciência

e Tecnologia, Agências Reguladoras e docentes dos Ex-Territórios. A entidade não quer que nenhum setor de sua base fique sem negociar e com acordos pendentes.

Além de pressionar uma agenda de negociação, a marcha do dia 26 também servirá para defender um diálogo mais intenso sobre a criação de diretrizes de Plano de Carreira

no setor público. As disparidades entre carreiras nos Três Poderes ainda são enormes e a Condsef quer que o governo dê início ao tão falado plano de isonomia no setor

público pelo Executivo Federal, onde já existem sérias distorções salariais. “Não é possível falarmos em melhorar o atendimento público sem antes discutirmos melhoras

na estrutura funcional desse setor”, argumentou Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef.

Outra grande bandeira que será levantada na marcha do dia 26 é a defesa para que o Congresso Nacional aprove as convenções 151 e 158 da OIT. A Condsef quer garantir

ainda a abertura de um canal de debates para melhorar os auxílios-alimentação, creche e planos de saúde. A quebra da Paridade segue como um dos principais desafios

impostos pelo governo aos servidores. “Marcharemos também para lembrar que vamos continuar cobrando nossos direitos e a Paridade é um deles”, disse Costa. “Portanto,

queremos participação intensa da categoria nessa marcha, para mostrar ao governo que ainda lutamos por muito mais conquistas”, convocou.