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Foi sugerido um indicativo de greve geral para junho, entre os dias 25 e 30, e a realização de atividades localizadas nos aeroportos

Menos de uma semana após o Ocupa Brasília – que reuniu no dia 24 de maio cerca de 200 mil pessoas na Capital Federal -, as centrais sindicais se reuniram para avaliar a atividade e discutir um indicativo de uma nova greve geral. A reunião aconteceu nesta segunda, dia 29, e contou com a participação de representes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTb. Ao fazer balanço da Marcha dos 200 mil, os sindicalistas classificaram como positiva a participação dos trabalhadores na atividade, que atenderam ao chamado das centrais e dos sindicatos, e compareceram para protestar contra as reformas do governo Temer e pedir Diretas Já!

Outro ponto discutido na reunião foi a ação violenta da polícia e a convocação das Forças Armadas para reprimir os participantes. As centrais sindicais repudiaram a medida e denunciaram a manobra de infiltrados na manifestação para destruir prédios públicos. A grande maioria dos manifestantes participou do protesto de forma pacífica. Foi consenso também entre os representantes das centrais a necessidade de manter-se a unidade entre as forças políticas de cada entidade, no sentido de ampliar o poder de mobilização dos trabalhadores, tendo como eixo central nenhum direito a menos, bandeira que foi ampliada pelo movimento das Diretas Já!

Foi sugerido um indicativo de greve geral para junho, entre os dias 25 e 30, e a realização de atividades localizadas nos aeroportos, com a finalidade de pressionar deputados e senadores a votarem contra as reformas da Previdência e trabalhistas, que tramitam no Congresso Nacional. Na próxima segunda, 5 de junho, as centrais voltam a se reunir para traçar um cronograma de ações e aprofundar o debate sobre a greve geral.

Pelos menos quatro grandes mobilizações nacionais já foram realizadas esse ano contra as reformas do governo Temer que retiram direitos trabalhistas. Duas das atividades aconteceram em março, dias 8 e 15, uma em abril, a greve geral dia 28, e a última no último dia 24, o Ocupa Brasília, que, além da defesa dos direitos trabalhistas, pedia a renúncia do presidente Temer e eleições diretas para o país

FEDERAIS
Nesta quarta, dia 31, o Fórum dos Servidores Federais vai se reunir em Brasília para discutir o cenário atual e traçar um calendário de mobilização dos servidores federais. Desde fevereiro, a pauta da campanha salarial dos servidores federais foi protocolada no Ministério do Planejamento, mas, até agora, o governo não deu nenhum sinal de negociação. Devem participar representantes de todas as categorias do funcionalismo federal.

Fonte: Condsef