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Durante ato do 1º de Maio, na Avenida Paulista (SP), presidente da CUT aponta próximas ações para derrubar as reformas de Temer

Foram mais de 40 milhões de pessoas que participaram e apoiaram a Greve Geral do último dia 28. Contrários mesmo, lembrou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, apenas o presidente ilegítimo Michel Temer e sua base de apoio.

Durante o ato deste 1º de Maio, na Paulista, Vagner disse que no próximo dia 4, em Brasília, as organizações dos movimentos sindical e sociais se reunirão para discutir os próximos passos. As alternativas são uma marcha de 100 mil pessoas até a capital federal ou uma nova Greve Geral. Também é possível que ambas as ações aconteçam.

Antes, haverá diálogo com o Congresso. As centrais devem se encontrar nesta terça-feira (2) com a bancada e com o líder do PMDB no Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), além do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para debater o destino da Reforma Trabalhista, aprovada na Câmara.

“Parece que o Senado já entendeu que foi feito um atentado contra a classe trabalhadora. Vamos tratar disso e da necessidade de adiamento da Reforma Previdenciária, especialmente neste momento em que Ibope e Datafolha atestam o que CUT e Vox Populi já diziam: mais de 70% das pessoas são contra as reformas de Temer, o presidente mais impopular da história, que não tem legitimidade e credibilidade”, falou Vagner.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no último dia 30, 89% reprovam atuação do golpista e 71% são contra a reforma da Previdência. “Volto a dizer a dizer aos parlamentares, o Temer não tem compromisso com popularidade, porque tem prazo de validade, vamos tirá-lo já ou até outubro. Já os deputados e senadores que quiserem continuar vão ter de ter voto e quem votar nas reformas teremos o prazer de divulgar para que não se reelejam em 2018”, alertou o presidente.

Negociação
Vagner Freitas reforçou que a CUT e as demais organizações estão dispostas a negociar com o Congresso Nacional, especialmente o Senado, e resta saber quem os parlamentares ouvirão, as ruas ou Temer.

“Os Senadores vão ouvir a opinião pública ou morrerão abraçados com um governo que já acabou?”, questionou. “Se quiserem entendimento para retirar essas propostas e num momento mais normal trazermos essa discussão para uma mesa de negociação, com um governo legítimo e eleito pelo povo, isso podemos discutir. Queremos eleições diretas já, o Temer não tem condições mais de ser presidente”, falou.

Presos políticos
Representante da Frente Povo Sem Medo e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, lembrou que há três manifestantes do movimento presos por cometerem o crime da livre expressão.

“Quando um governo perde condição de governar, recorre à repressão e criminalização contra aqueles que lutam. Na última sexta (28), foram detidas várias pessoas e três permanecem presas: Luciano Antonio Firmino, Juraci Alves do Santos e Ricardo Rodrigues dos Santos, ativistas do MTST, detidos sob acusação esdrúxula, sem nenhuma prova, e que permanecem na carceragem do 63º DP. No sábado, o pedido de liberdade foi negado sob alegação da juíza Marcela Fillus Coelho de defesa da ordem pública, algo próprio de regimes de exceção a autoritário que tratam assim os opositores. São presos políticos da greve que amanhã devem ser encaminhados ao presídio e iremos reagir a isso”, alertou.

Fonte: CUT