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Dieese elaborou tabela onde compara principais mudanças entre modelo atual e caso a proposta for aprovada

Em tempos onde não há espaço para dormir no ponto quando o assunto é a retirada de direitos, é preciso que os trabalhadores estejam atentos. Na madrugada da última quinta-feira, dia 15 de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da PEC 287, a polêmica proposta que traz a reforma da Previdência. Sem qualquer espaço para o diálogo franco com a sociedade e todos os milhões de brasileiros que serão diretamente impactados com essas medidas, mais uma vez a maioria de parlamentares decide pela retirada de direitos da classe trabalhadora. Foram 31 votos contra 20, quando já se passava das 3 horas da madrugada. Foi um resultado apertado, só conseguido após muitas manobras, trocas de membros na comissão e um acordo para só instalar a comissão especial, que analisará a PEC, em fevereiro.

Para entender as principais alterações propostas pela PEC, o Dieese elaborou uma tabela comparando a situação atual e o cenário caso a proposta seja aprovada pelo Congresso (confira na imagem). O avanço da aprovação de propostas polêmicas, sem diálogo e praticamente com o Legislativo de portas fechadas é um cenário que preocupa cada vez mais. Nesta terça, um protesto legítimo que reuniu trabalhadores de diversas categorias, estudantes e representantes da sociedade civil organizada contra a PEC 55 – que congela investimentos públicos por 20 anos – foi mais uma vez duramente combatido pela polícia. A movimentação marcou também a revolta dos trabalhadores contra a reforma da Previdência. Sem dar chance para novas manifestações, a aprovação da PEC da reforma na CCJ é mais um sinal de que o diálogo está cada vez mais comprometido nessa estrutura de governo que se estabeleceu após o golpe dado na democracia com o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff.

:: CONFIRA QUEM VOTOU CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA NA CCJ

:: CONFIRA QUEM VOTOU A FAVOR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA E, PORTANTO, CONTRA A CLASSE TRABALHADORA

Resistência nas ruas deve continuar
A população precisa unir forças, pois os ataques aos direitos da maioria não vão parar nessa PEC. Enquanto este governo ilegítimo garante maioria no Congresso todas essas propostas que afetam a vida de milhões de brasileiros são aprovadas sem debate profundo.

A agenda política imposta não tem deixado dúvida de que o ataque aos direitos da classe trabalhadora está na ordem do dia. Mas também não resta dúvida de que a luta em defesa desses direitos precisa e vai acontecer. Devemos seguir reforçando nossa unidade e mobilização. Juntos somos fortes. Nenhum direito a menos. Nenhum passo atrás.

Com informações do Dieese e da Condsef