Governo promove política de empobrecimento dos servidores e de miserabilidade de toda população brasileira

A inflação, em 2021, ficou muito acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a previsão para 2022 não é das melhores. No ano passado, os preços dispararam e a taxa inflacionária chegou aos dois dígitos em 12 meses, algo que não ocorria desde 1994, quando o Plano Real foi implementado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA registrou alta de 10,74% no acumulado em 12 meses até novembro. A divulgação do índice de dezembro e de todo o ano de 2021 está programada para o próximo dia 11.

Hoje, o Brasil tem a terceira maior inflação entre os países do G20. Análises econômicas estão reduzindo a perspectiva de crescimento do Brasil para 2022 e mantendo o cenário de alta para a inflação. Na primeira pesquisa Focus do ano, divulgada pelo BC na segunda-feira (3/01), a inflação se mantém na casa dos dois dígitos, em 10,01%. A taxa básica de juros (Selic) também deve encerrar 2022 em dois dígitos, a no mínimo 11,50%. O Produto Interno Bruto (PIB) deve expandir apenas 0,36% este ano. A expectativa, de uma semana atrás, era de um crescimento de 0,42%.

Perdas salariais
Além da inflação, a falta de reajuste corrói o poder de compra dos servidores públicos federais, assim como de toda a classe trabalhadora brasileira.  A maioria dos servidores federais amarga um congelamento salarial há pelo menos cinco anos. De acordo com o Dieese, devido à inflação do período, as perdas já ultrapassam 40%. Enquanto isso, o governo anunciou reajuste para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen). 

E o salário-mínimo pode ser corrigido abaixo da inflação pelo 2º ano consecutivo. Proposta encaminhada à Comissão Mista do Orçamento, no Congresso Nacional, prevê um piso salarial de R$ 1.212, referente a uma correção de 10,18%. Mas especialistas preveem alta de preços, em 2021, de até 11%.

Diante desta situação, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) encerrou o ano de 2021 com retração de 9,9% e uma média de 71,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em 2010. A inflação é um dos fatores que dificultam a recuperação econômica, justamente porque reduz o poder de compra e o consumo. Além de levar a um aumento dos juros, o que encarece o crédito, que é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar a renda e manter o padrão de consumo.

PEC 32
Como se não bastasse, o Governo Bolsonaro quer aprovar uma proposta de Reforma Administrativa (PEC-32) que tem por objetivo promover o desmonte dos serviços públicos e repassar as suas funções para a iniciativa privada. Com isso, os serviços que hoje são públicos, serão ofertados por empresários ávidos por lucros. Os brasileiros que poderão pagar por esses serviços, a minoria da população, não será atingida. A PEC-32 afetará apenas a classe trabalhadora brasileira, que terá que arcar com mais gastos, além dos desempregados que serão completamente abandonados. 

Para combater a PEC, os servidores devem acessar o site Na Pressão (aqui) e enviar um recado aos parlamentares: Quem votar a favor da PEC-32, não voltará a ser eleito. Ao acessar a página, o servidor pode mandar seu recado pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. Os trabalhadores também podem ter acesso ao material da Campanha Cancela a Reforma no endereço da Condsef/Fenadsef (aqui). A campanha também está no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube. Procure por @cancelaareforma.

Para receber todas as informações da luta contra a Reforma pelo telefone, basta enviar uma mensagem (WhatsApp) para o número: (61) 98357-4114. Participe!

Com informações do Sintsep-PE