bc investimentos publicos sao fundamentais para brasil enfrentar crise mundia
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Diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, afirma que governo tem papel fundamental para evitar que o Brasil termine o ano afetado pela crise internacional. Segundo ele, ações no setor público vão estimular a produção e o consumo
Esta semana, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e o Banco Central divulgaram dados que demonstram que a construção de um Estado forte passa pelo investimento no setor público. Um estudo divulgado pelo Ipea revelou o baixo índice (10,7%) de servidores públicos na faixa economicamente ativa do país, eliminando o mito de que a máquina pública é inchada e comprovando a necessidade de contratar mais servidores, ampliando o acesso dos brasileiros aos serviços públicos. Esta semana, o Correio Braziliense publicou matéria (leia aqui) em que o Banco Central (BC) aponta que os investimentos públicos serão fundamentais para o Brasil enfrentar a crise.
Para a Condsef e suas filiadas, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e outras tantas entidades sindicais a consolidação do Brasil como Estado forte passa pelos investimentos públicos. Na matéria do Correio o diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, falou sobre o papel fundamental do governo para evitar que o Brasil termine o ano afetado pela crise internacional.
Além dos investimentos públicos, reajustes dos servidores, o aumento do salário mínimo, benefícios assistenciais, investimentos em obras também são apontados pelo BC na equação feita na revisão que projeta para 1,2% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Ações no setor público, diz o BC, vão estimular a produção e o consumo.
Condsef pressiona por investimento
Todos esses dados serão levados pela Condsef para as mesas de negociação com o governo. A entidade deve pressionar pelo atendimento das demandas que fazem parte da Campanha Salarial 2009 dos servidores públicos. A campanha fala na necessidade de investir no setor público e não deixar para os servidores a conta de uma crise que não é dos trabalhadores. “A verdade é que é pelas mãos dos trabalhadores que esta crise será superada”, ponderou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef. “Por isso, os investimentos públicos são necessários para fortalecer o Estado e aquecer a economia”, completou.
Para alguns especialistas, as projeções de 1,2% para o crescimento do PIB, ainda que pequenas, são otimistas, mas devem ser alcançadas com a intervenção do Estado para aliviar os estragos provocados pela crise econômica. A Condsef acredita que com pelo menos quatro ações básicas do governo é possível enfrentar a crise sem repassar a conta aos trabalhadores. Com a redução consistente da taxa de juros, do superávit primário, taxação das grandes fortunas e cobrança dos sonegadores que só no ano passado deixaram de pagar em impostos cerca de R$200 bilhões, a União teria condições de investir em serviços públicos de qualidade voltados à população.
Conferência para melhorar a administração pública aquece debate
A Condsef que discutir todos esses estudos e dados divulgados pelo Ipea e Banco Central na Conferência Nacional de Recursos Humanos que acontece em Brasília entre os dias 6 e 9 de julho. Para a entidade, o investimento público deve ser aliado a uma administração pública eficiente. “Não adianta o governo investir se esse investimento for mal empregado”, avalia Sérgio Ronaldo. Confira aqui documento que propõe a defesa do ponto de vista dos trabalhadores públicos nos diversos temas que serão debatidos para melhorar a administração pública no país.
Fonte: Sintsep-GO com Condsef