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Motorista da Metrobus avançou contra manifestantes (confira aqui o vídeo do momento)

A manifestação pacífica que ocorreu na manhã desta terça-feira (5) na Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia (GO), quase termina em tragédia. Confira aqui as fotos da atividade.

Após as falas das lideranças da classe trabalhadora, os participantes decidiram seguir em passeata pela Avenida Anhanguera. O chamado Eixo Anhanguera é a principal via que cruza a cidade de Goiânia na direção leste – oeste. São 13,5 km, aproximadamente, que vai desde o Jardim Novo Mundo até o Bairro Capuava. Por ele são transportados mais de 180 mil passageiros por dia através do BRT e circulam, em média, 300 mil veículos por dia em sua extensão.

Pois enquanto a passeata estava no cruzamento das Avenidas Tocantins e Anhanguera, por volta das 10h40, eis que o motorista do ônibus prefixo 1060 da Metrobus avança sobre os manifestantes. Um militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e um estagiário da Rádio Universitária/Universidade Federal de Goiás (UFG) ficaram feridos, mas o saldo poderia ter sido muito mais trágico.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás), Mauro Rubem, que também chegou a ser empurrado pelo ônibus, fez registro de um Boletim de Ocorrência, solicitando a identificação do motorista e as demais providências cabíveis. “O que mais nos deixa estarrecidos é o grau de desinformação desse trabalhador. É um absurdo que tenha investido contra outros trabalhadores que estão defendendo um direito que é de todos, inclusive dele mesmo”, lamentou o sindicalista.

Para Ademar Rodrigues, presidente do Sintsep-GO, a atitude do motorista, além de despreparo, reflete a falta de consciência do trabalhador brasileiro frente ao conjunto de reformas que precariza o trabalho. “A maioria da população escuta, lê, mas não entende o que está acontecendo. Esse golpista que assumiu o poder está acabando com os direitos trabalhistas, com o trabalho decente, com a aposentadoria e com o Estado brasileiro. Essa precarização, a curto e médio prazo, vai gerar um caos social imenso, pois as pessoas terão subempregos, sem direitos sociais, sem aposentadoria e sem serviços públicos. É o caos”, analisa.

Mas a atitude do motorista da Metrobus está longe de intimidar quem vai para as ruas defender nossos direitos. Pelo contrário, serviu para dar ainda mais coesão ao movimento “contra todas as reformas que prejudicam a classe trabalhadora, afetando diretamente o povo mais simples, humilde e trabalhador. Os golpistas saem e a aposentadoria fica!”, reforçou a professora Kátia Maria Santos.

Sintsep-GO com CUT-GO