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O Ministério do Planejamento reconheceu, nesta quinta-feira (12), que não deve rodar uma folha suplementar este mês para liberar os reajustes de mais de 800 mil servidores civis, como havia previsto o ministro Paulo Bernardo. A confirmação foi dada à diretora da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Lúcia Reis, pelo secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Ferreira. A Condsef recebeu a notícia ontem (12) à noite. A demora já vinha levantando suspeitas entre os servidores. Foi dito também que os reajustes serão implantados nos contracheques deste mês e devem cair na conta dos servidores só no início de julho. A MP 431, que traz esses reajustes, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 14 de maio. A notícia não agradou muito, já que os servidores devem amargar uma mordida forte do leão. O Imposto de Renda leva boa parte dos reajustes retroativos a 1º de março e ainda o adiantamento do 13º, que também deve ser pago no início de julho.

A Condsef recebeu a notícia com irritação. “É um desrespeito aos servidores públicos”, lamentou Josemilton Costa, secretário-geral da entidade. “Como se não bastassem os baixos reajustes que a grande maioria terá em 2008, enfrentamos a demora para receber e ainda vão levar boa parte em impostos”, acrescentou. “Como cidadãos, esperamos que, pelo menos, esses impostos sejam revertidos em investimento para serviços públicos de qualidade”, concluiu.

SINTSEP/GO JÁ PREVIA ISSO
“Mais uma vez o Sintsep/GO estava certo em suas desconfianças em relação às promessas do governo. Essa evidência demonstra que é preciso mais pressão ainda dos trabalhadores em cima do governo. Depois de mais essa demonstração de desrespeito, só vamos acreditar no reajuste quando ele estiver discriminado no contracheque”, avalia o dirigente sindical, Ademar Rodrigues.

Fonte: Sintsep/GO com informações da Condsef