Precisamos divulgar o material da Greve Geral e despertar a todos para que resistam a mais esse golpe contra o trabalhador brasileiro. Confira o material de divulgação do 14 de junho:

Spot para rádio

Chamada Carro de Som (aposentadoria telesena)

Panfleto

Trabalhadores da cidade e do campo, servidores públicos, estudantes e movimentos sociais organizados se preparam na mobilização para a construção da #GreveGeral do dia 14 de junho. Há muitas pautas em discussão, pois quase todas as ações do governo Bolsonaro atacam a classe trabalhadora, as minorias e os direitos sociais. No entanto, o foco da luta neste momento se concentra na Reforma da Previdência e na luta contra os cortes na educação.

Tempo de serviço
A reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos e muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS – trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador e a trabalhadora terão de contribuir por pelo menos 40 anos.

Privilégios não vão acabar
Todos nós sabemos o quanto a história vendida pelo governo, de que a Reforma da Previdência servirá para cortar privilégios e equalizar os pagamentos é uma grande mentira. Na verdade, ela não cortará nenhum privilégio do Judiciário, do Legislativo e do Executivo. Com salários de marajás, muitas vezes acima do teto constitucional, esses grupos não serão tocados pela reforma, e continuarão gerando gordas aposentadorias ou pensões quando seus donos vão para a inatividade.

Déficit não existe
Nós sabemos que a Previdência Social não está quebrada, que ela é autossuficiente e que o governo não cobra as dívidas previdenciárias dos grandes devedores. A Seguridade Social, da qual faz parte da Previdência, teve uma redução de receita nos dois últimos anos por causa da profunda recessão que afeta o país. Com a recessão cai o PIB, a receita fiscal e a receita previdenciária. Acontece que a recessão é produto exclusivo da política econômica do governo, que nada faz para estimular a retomada da economia. O que está quebrado não é a Previdência.

Capitalização é crime contra o trabalhador
A proposta de capitalização financeira, trazida pelo (des)governo Bolsonaro visa apenas uma coisa: passar os recursos públicos para a administração dos bancos e das financeiras privadas. O regime de capitalização destrói a Previdência pública, sem deixar alternativa ao trabalhador, pois os empresários não empregariam ninguém que escolhesse o regime de previdência pública. A capitalização só serve ao empregador avaro, que já não terá obrigação de contribuir com sua parte solidária para a Previdência do empregado. Sozinho, o empregado vai ter que fazer uma espécie de caderneta de poupança por conta própria e entregá-la aos banqueiros privados, para especularem com ela à vontade, e sem obrigação de garantir um retorno decente.

O modelo de capitalização adotado no Chile, um grande fracasso no qual se inspira o ministro Paulo Guedes para a reforma brasileira, provocou a drástica redução no valor de aposentadorias e pensões, em média, a 40% do salário mínimo. O maior símbolo dela é o aumento brutal no número de suicídios de idosos que caíram na indigência como vítima do sistema. O que Paulo Guedes quer é uma espécie de holocausto de idosos pobres, cuja aposentadoria ou pensão ele pretende reduzir a meio salário mínimo, para, em contrapartida, engordar o bolso do sistema financeiro com o trilhão de reais que quer arrancar dos trabalhadores em atividade.

Sem reposição
Além disso, a reforma exclui da Constituição Federal a regra que determina a reposição da inflação para os benefícios acima do salário mínimo pagos a aposentados e pensionistas da iniciativa privada e do setor público. E mais: desvincula os valores dos benefícios do salário mínimo. Isso significa que os reajustes do salário mínimo não serão mais usados como base de cálculo para corrigir as aposentadorias e pensões. Essas mudanças podem rebaixar drasticamente os valores dos benefícios, inclusive de quem se aposentou antes de a reforma ser aprovada.

Viuvez desamparada
A reforma de Bolsonaro quer restringir a possibilidade das viúvas ou viúvos acumularem os, em geral, parcos benefícios. Pela regra proposta, se uma pessoa for acumular aposentadoria com pensão poderá escolher o benefício de valor mais alto e o outro vai ser repassado com desconto, de acordo com reduções por faixas escalonadas de salário mínimo. Por exemplo, quem tiver um segundo benefício no valor de até um salário mínimo (R$ 998,00), poderá ficar com 80% do benefício (R$ 798,40).

Invalidez desamparada
Trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada e servidores públicos que se acidentarem ou sofrerem de doenças em relação com o ambiente do trabalho, impedidos de trabalhar por um longo período – vão receber apenas 60% do valor do auxílio-doença, se tiverem contribuído no mínimo durante 20 anos para o INSS. Se eles tiverem contribuído por mais de 20 anos, terá direito a 2% a mais no valor do benefício por cada ano de contribuição. Pela proposta, um trabalhador acidentado, ou doente, pode receber menos do que o valor do salário mínimo (R$ 998,00).

Fim do benefício integral para acidentados
A PEC propõe que os trabalhadores acidentados ou que tenham doenças contraídas sem relação com o ambiente de trabalho – exemplos: teve um câncer que o impede de trabalhar para sempre ou sofreu um acidente de carro no fim de semana e ficou paraplégico – terão de contribuir por, no mínimo, 20 anos para receber apenas 60% do valor da aposentadoria. Se ele tiver contribuído por mais de 20 anos, terá direito a 2% a mais no valor do benefício por cada ano de contribuição. Atualmente, para ter direito ao benefício integral, basta o trabalhador ter contribuído durante 12 meses, o chamado período de “carência”.

Retrocesso na educação
Além de tudo isso, com os cortes anunciados na educação básica vão faltar recursos para a compra de móveis, equipamentos, para a capacitação de servidores e professores e até para pagamento de contas de água e luz. Os cortes também inviabilizam investimentos no programa de Educação Jovens e Adultos (EJA) e também o ensino em período integral. Além disso, afeta profundamente a educação, saúde, produção científica e tecnológica. As universidades públicas são responsáveis por mais de 90% da pesquisa e inovação no país e prestam serviços à população por meio de projetos de extensão e hospitais universitários.

POR TUDO ISSO, DIA 14 DE JUNHO, É #GREVEGERAL JÁ! PARAR AGORA, PARA NÃO SOFRER PELO RESTO DA VIDA!