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Ministério do Planejamento informou ontem que vai rescindir o contrato assinado com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (Sinapp) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), em função de denúncias da Operação Lava Jato

O Ministério do Planejamento informou ontem que vai rescindir o contrato assinado com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (Sinapp) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC). O rompimento ocorre em função das denúncias apresentadas 17ª e 18ª fases da Operação Lava Jato.

De acordo com a PF, a Consist Software, empresa envolvida na Lava Jato, ficou responsável pela gestão de empréstimos consignados concedidos a servidores federais, que foram acordados entre o Ministério do Planejamento, a ABBC e o Sinapp.

O ministério diz que também abriu sindicância para investigar possíveis irregularidades. A expectativa é que esse processo dure 30 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 30, se necessário.

A autarquia explica que, até 2008, o modelo de gestão de consignações na folha de pagamento era descentralizado, ou seja, cada órgão de governo realizava os lançamentos dos descontos nos contracheques dos servidores e pensionistas.

Os contratos passaram a ser operados pelo Planejamento a partir de fevereiro de 2008 para tornar o processo mais barato e para diminuir a possibilidade de descontos indevidos.

Em 2009, o órgão assinou um acordo de cooperação com a Sinapp e com a ABBC, entidades que representavam as principais empresas que forneciam crédito consignado aos servidores. O objetivo era controlar a margem consignável dos servidores em tempo real, por meio de um sistema. A operação desse sistema era feita por uma empresa contratada pelas entidades, a Consist, que repassava 40% do valor que recebia do negócio a empresas indicadas por Alexandre Romano, advogado e ex-vereador do PT em Americana (SP) preso ontem, e pelo lobista Milton Pascowitch.

Fonte: Folhapress