Em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), o Sintsep-GO gostaria de destacar o papel fundamental protagonizado pelos profissionais de Saúde de Goiás, do Brasil e de todo o mundo. No momento em que essa doença nova se espalha, e todos devem ficar reclusos por risco de morte, esses trabalhadores estão na linha de frente, lidando com a omissão, com as dúvidas, temores e, muitas vezes, com o pânico da população. O Sintsep-GO se une ao movimento espontâneo da sociedade e vai aderir ao “aplauso nas janelas”, nesta sexta-feira, às 20h30, em homenagem aos trabalhadores da Saúde.

Presente de grego
Infelizmente, a contrapartida do governo brasileiro, ao contrário do voluntarismo e da coragem dos servidores públicos e profissionais da Saúde, é um presente de grego. Enquanto países do mundo se mobilizam para liberar auxílios significativos às famílias afetadas pelo isolamento social, e trabalhadores sacrificam suas próprias vidas, causa estarrecimento e repúdio a proposta do governo apresentada como Medida Provisória ao Congresso Nacional, que permite às empresas privadas redução de 50% da jornada com diminuição proporcional dos salários dos trabalhadores.

O Sintsep-GO, assim como a Condsef/Fenadsef, considera a ideia catastrófica. “O governo quer permitir às empresas privadas que diminuam 50% da remuneração dos seus trabalhadores, que já são explorados e recebem salários baixos. Enquanto isso, Paulo Guedes avalia dar bilhões para companhias aéreas. Nosso país tem 40 milhões de brasileiros na informalidade que estão à míngua, como essa população deve sobreviver?”, pergunta o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo. “O Brasil está sem comandante e o povo tem que reagir. O protesto nacional de ontem mostrou que podemos virar o jogo com mobilização popular. Chega de absurdo”, complementa.

Soluções
Há soluções mais eficientes para superação das crises de saúde e econômica brasileiras. Para a Condsef, o Brasil deve parar imediatamente de pagar agiotas internacionais, parar de pagar a dívida pública e revogar a Emenda Constitucional 95, conhecida como Teto dos Gastos, para que os serviços públicos cheguem à população com qualidade e rapidez.

Estes caminhos tornariam a contenção da pandemia mais eficiente e não sacrificaria a classe trabalhadora. “A população está fazendo sua parte no isolamento, mas as instituições precisam agir. Se o governo tivesse adotado as medidas corretas desde o início, esse problema estaria amenizado, mas parece que foi premeditado para sacrificar a população. Estamos em um País sem rumo. Bolsonaro precisa sair do palanque para resolver o problema, propondo políticas incisivas para resolver o caos. Mas redução salarial não aceitaremos jamais. A mobilização será intensificada todos os dias”, finaliza Sérgio Ronaldo.

Sintsep-GO com Condsef/Fenadsef