.

Centrais promovem dia de lutas e vão ao Congresso na próxima quarta em busca de apoio aos direitos da classe trabalhadora

A chuva forte que caiu em Brasília na tarde desta quarta-feira, dia 28, não atrapalhou a manifestação de trabalhadores em frente ao Ministério da Fazenda organizada por diversas centrais sindicais, entre elas a CUT. A Condsef e suas filiadas participaram dos atos que aconteceram em diversas cidades do país como Curitiba, Florianópolis, Goiânia (confira matéria aqui), Belém, Salvador, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e marcou esse Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos. Na próxima quarta, dia 4, uma nova atividade deve reunir trabalhadores em uma ação no Congresso Nacional. O objetivo é buscar apoio dos parlamentares contra projetos que retiram direitos, como é o caso das medidas provisórias (MP´s) 664 e 665 que estão no centro dessa mobilização. Entre as maiores preocupações estão alterações no abono salarial, seguro desemprego e mudanças consideradas inconstitucionais na previdência.

A convocação das centrais para a mobilização dos trabalhadores é motivada pelo cenário e conjuntura estabelecidos no início deste ano e que vem se mostrando desfavoráveis aos trabalhadores. Houve distribuição de um jornal feito para ajudar a compreender melhor os efeitos das MP´s 664 e 665 na vida dos trabalhadores. Em Goiânia, os trabalhadores distribuíram pepinos, ironizando o fato de que a classe trabalhadora não vai arcar com os “pepinos” da economia brasileira, com a perda de direitos conquistados, enquanto outros setores continuam beneficiados com reajustes e benefícios (alto escalão do Executivo, Legislativo e Judiciário) e desonerações. Além de retirar direitos, outra crítica que se faz a essas medidas é que elas foram tomadas sem a devida discussão com representantes da categoria, contrariando a postura adotada pela própria presidente Dilma Rousseff quando se reuniu com as centrais sindicais de que iria priorizar o diálogo com a classe trabalhadora.

Justamente pela incoerência demonstrada nesse início do segundo mandato do governo Dilma, a Condsef reforça a importância de manter a mobilização e continuar fazendo o dever de casa com a realização de assembleias e organização em torno das reivindicações da campanha salarial unificada 2015 dos federais que será lançada em fevereiro. “Como o cenário de arrocho e cortes segue em evidência é preciso acompanhar com atenção e pressionar para que as intenções embutidas no discurso dos novos ministros e da própria presidente reflitam a prática”, destaca Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef.

Entre os discursos dessa nova equipe de governo destaca-se o do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que falou sobre a importância da valorização do servidor público. Barbosa acrescentou que o diálogo está aberto para a busca do equilíbrio das demandas justas dos servidores com a capacidade financeira do governo. Para a Condsef, de todo modo, será preciso conduzir o ano com muita mobilização e seguir atentos para que as palavras ditas e compromissos firmados com a classe trabalhadora conduzam efetivas mudanças e melhorias que a maioria da população exige e anseia há tempos.

Sintsep-GO com Condsef